O zoólogo alemão Karl von
Frisch (apud Benveniste, 1995) estudou, durante muitos anos, a
comunicação das abelhas. Ele descobriu que uma abelha operária, após descobrir
um local onde há alimento, volta à colmeia. Suas companheiras dela se aproximam
e sorvem o néctar que ela vomita. Em seguida, a operária realiza dois tipos de
dança: Uma dança
circular, com a qual informa às demais abelhas que o alimento se encontra a,
aproximadamente, cem metros da colmeia.
Uma dança em oito
acompanhada de vibrações do abdômen, com a qual informa que o alimento se
encontra a uma distância superior a cem metros, mas até seis quilômetros. Quanto
mais distante estiver o alimento, mais lenta será a dança e menos "oitos"
a abelha realizará em quinze segundos. A direção é indicada pela inclinação do
eixo do oito em relação à posição do sol. Após a dança da operária, as
outras abelhas conseguem chegar ao local exato onde se encontra o alimento. Segundo o linguista francês
Benveniste (1995), as abelhas são capazes de produzir mensagens simbólicas – os
dois tipos de dança representam a localização do alimento – e são capazes de
compreender tais mensagens, das quais conseguem memorizar as informações
distância e direção em que se encontra o alimento.
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