“Papa Bento e a Esperança” II Parte


“O Papa Bento XVI lança um chamado à cultura ocidental a não se Fechar à Verdade da Fé Cristã em nome de uma “suposta pureza” da razão, pois esta se ressecará”. (Discurso de 17/01/08 para a Universidade de Roma, “La Sapienza”).

A fé é a substância das coisas que se esperam; a prova das coisas que não se vêem diz Santo Tomás de Aquino. “A fé não é só uma inclinação da pessoa para realidades que hão de vir, mas ainda estão totalmente ausentes; ela dá-nos algo. Dá-nos JÁ AGORA ALGO DA REALIDADE ESPERADA, e esta realidade presente constitui para nós uma “prova” das coisas que ainda não se vêem.
Ela atrai o futuro para dentro do presente, de modo que aquele já não é o puro “ainda - não”. O fato de este futuro existir muda o presente; o presente é tocado pela realidade futura, e assim as coisas futuras derramam-se naquelas presentes e as presentes, nas futuras” (n.7 Doc. Da Esperança de Bento XVI).
Bento também apresenta exemplos luminosos de esperança como a Santa Bakita, que foi escrava africana. “O inesquecível Cardeal Nguyên Van Thuân, que após 13 anos de prisão, sendo nove de isolamento, numa situação de desespero aparentemente total, a escuta de Deus, o poder falar-lhe, tornou-se para ele uma força crescente de esperança, que, depois de sua libertação, lhe permitiu ser para os homens em todo o mundo uma testemunha da esperança, daquela grande esperança que não declina, mesmo nas noites da solidão” (n.32 Doc. Sobre a Esperança, de Bento).
Maria é apresentada como “Estrela da Esperança”, pois, “A vida é como uma viagem no mar da história, com freqüência enevoada e tempestuosa, uma viagem na qual perscrutamos os astros que indicam a rota.
AS VERDADEIRAS ESTRELAS DA NOSSA VIDA SÃO AS PESSOAS QUE SOUBERAM VIVER COM RETIDÃO. ELAS SÃO LUZES DE ESPERANÇA” (ibidem n. 49).
“A relação com Deus estabelece-se através da comunhão com Jesus – sozinhos e apenas com as nossas possibilidades não conseguimos...” “Ele compromete-nos a ser para os outros, mas só na comunhão com Ele é que se torna possível sermos verdadeiramente para os outros, para a comunidade”.
“O amor de Deus REVELA-SE na RESPONSABILIDADE PELO OUTRO”. (ib. n. 28).

Frei Ricardo de Maria

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