Papa quer ''enterrar''
a Teologia da Libertação
Bento XVI diz que a Teologia da Libertação provocou "rebelião, divisão, dissenso, ofensa e anarquia". O Papa Bento XVI alertou um grupo de bispos, neste sábado, sobre os perigos da teologia da libertação. Diante de prelados provindos do Brasil, aos quais recebeu em audiência no Palácio Apostólico do Vaticano, ele lembrou o 25º aniversário da instrução "Libertatis nuntius", um documento dedicado a essa teologia surgida após o Concílio Vaticano II.

"Nela, se advertia sobre o perigo que a apropriação acrítica, assumida por alguns teólogos, de teses e metodologias provenientes do marxismo, comportava", disse o Pontífice. Ele acrescentou que essa proposta de pensamento provocou consequências "mais ou menos visíveis", entre as quais se destacam a "rebelião, divisão, dissenso, ofensa e anarquia".

De acordo com o líder máximo da Igreja Católica, essa situação cria entre as comunidades diocesanas "um grande sofrimento ou uma grave perda de forças vivas".
"Suplico aos que, de algum modo, se sintam atraídos, envolvidos ou implicados em certos princípios enganosos da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida instrução", pediu Bento XVI.

Publicada no dia 06 de agosto de 1984 pela Congregação para a Doutrina da Fé, então guiada por Joseph Ratzinger, a "Libertatis nuntius" pôs fim a uma corrente que, na América Latina, buscou defender movimentos católicos com princípios cristãos.
A instrução advertia sobre "os riscos de desvio, ruinosos para a fé e para vida cristã, que são trazidos por certas formas de teologia da libertação que usam, de uma forma insuficientemente crítica, conceitos tomados de várias correntes do pensamento marxista".

O documento acrescenta que os "graves desvios ideológicos" dessa ideologia "conduzem inevitavelmente à traição da causa dos pobres".

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