Bento XVI explicou no Domingo (16 de novembro) uma das parábolas mais famosas de Jesus, esclarecendo que frutificar os talentos que Deus nos deu significa compartilhá-los.
O Papa dedicou sua intervenção perante milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro, no Vaticano, a comentar a passagem evangélica de São Mateus (25, 14-30) que apresentava a liturgia do penúltimo domingo do ano litúrgico.
Os talentos (antigas moedas romanas), explicou, falando da janela de seu apartamento, «não só representam as qualidades naturais, mas também as riquezas que o Senhor Jesus nos deixou de herança para que as façamos frutificar».
O bispo de Roma explicou, em particular, quais os dons espirituais que os cristãos receberam: «sua Palavra, depositada no Santo Evangelho; o Batismo, que nos renova no Espírito Santo; a oração, o Pai Nosso que elevamos a Deus como filhos unidos no Filho; seu perdão, que ordenou oferecer a todos; o sacramento de seu Corpo imolado e de seu Sangue derramado».
A parábola evangélica, disse, apresenta «a atitude interior com a qual deve-se acolher e valorizar este dom».
«A atitude equivocada é a do medo – afirmou –: o servo que tem medo de seu senhor e de seu regresso esconde a moeda sob a terra e deixa de produzir frutos».
«Isto acontece, por exemplo, a quem, tendo recebido o Batismo, a Comunhão, a Confirmação, enterra depois os dons sob uma capa de preconceitos, sob uma falsa imagem de Deus que paralisa a fé e as obras, traindo as expectativas do Senhor».

  • Mas a parábola dá mais importância aos bons frutos dos discípulos que, felizes com o dom recebido, não o escondeu com temor e ciúmes, mas o fez frutificar, compartilhando-o».
    «Sim, o que Cristo nos deu se multiplica partilhando! – exclamou o Papa.
  • É um tesouro feito para ser gasto, investido, compartilhado com os demais, como nos ensina esse grande administrador dos talentos de Jesus, o apóstolo Paulo».

O pontífice constatou que este ensinamento evangélico «teve um impacto também no âmbito histórico-social, promovendo nas populações cristãs uma mentalidade ativa e empreendedora».
«Mas a mensagem central afeta o espírito de responsabilidade com o qual há que acolher o Reino de Deus: responsabilidade com Deus e com a humanidade», concluiu, convidando a ser “servos bons e fiéis” para que possamos entrar um dia “na alegria de teu Senhor”».

Fonte:(ZENIT.org).-

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