Tratar a pessoa como pessoa,
tratar o ser humano como ser humano


Dom Leonardo Steiner

Ao final da Apresentação da Campanha da Fraternidade, na sede da CNBB, Dom Leonardo se aproximou da roda de imprensa para responder às perguntas dos jornalistas ali presentes.
Diante da pergunta sobre a fiscalização, pela população, da prestação do serviço de saúde, Dom Leonardo afirmou que “sempre precisamos fiscalizar o dinheiro da sociedade. Faz parte da cidadania brasileira ajudar a fiscalizar. Fiscalizar é participar. Não só fiscalizar os recursos públicos, mas também acompanhar nossos políticos, é uma fiscalização para que a sociedade se mova de uma maneira ética, decente, fraterna, participativa.”
Sobre o papel dos Conselhos Municipais, muito comentado durante a apresentação da Campanha da Fraternidade, afirmou que “os Conselhos Municipais são decisivos - onde houve mais participação dos Conselhos, houve melhor aplicação de recursos, a comunidade sabe de onde os recursos vêm e para onde os recursos vão, e até mesmo consegue encontrar as prioridades para a aplicação melhor desses recursos.”
No tocante à participação da Igreja na saúde no Brasil, afirmou que é necessário “tratar a pessoa como pessoa, tratar o ser humano como ser humano. Naturalmente existem situações de sobrecarga de horário, de tarefa, de trabalho... quantas vezes nós entramos num hospital com tantos leitos colocados nas ruas... qual é a condição psíquica de uma enfermeira nessas condições? Então, naturalmente que nós devemos ajudar e incentivar para que os nossos doentes, pessoas doentes, sejam melhor atendidas, mas também creio que as pessoas da saúde esperam um suporte maior para poderem exercer bem a sua profissão”.
Com relação ao questionamento de como ser concreto na participação da Campanha da Fraternidade, D. Leonardo respondeu afirmando que o texto deve ser levado às diversas comunidades para reflexão. Temos subsídios elaborados para as via sacras, subsídios elaborados para os colégios, para as escolas, temos subsídios elaborados para pequenas comunidades e depois, também, um elemento muito importante é o gesto concreto no Domingo de Ramos, onde fazemos a coleta da solidariedade. E a Campanha da Fraternidade continua durante o próximo ano, aonde nós vamos analisando os pequenos projetos que vêm e para onde são encaminhados essa coleta feita.”


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